quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Fim da greve contra o STF

Os servidores técnicos da FUB encerraram a greve mais longa da história do Brasil, decisão que teve por motivação liminar do STF, o que evidencia que a greve era contra aquele tribunal, não contra a instituição de natureza autarquica.

Observe-se a informação que extrai, às 11h50 de hoje,  de http://www.unb.br/noticias/unbagencia/unbagencia.php?id=3913:

A greve dos funcionários técnico-administrativos da Universidade de Brasília foi suspensa na manhã desta terça-feira, 21 de setembro. Após seis meses de paralisação, os servidores votaram por unanimidade pelo retorno às atividades a partir das 8h desta quarta-feira. Cerca de 400 pessoas estavam presentes na assembleia.
A saída da greve ocorre cinco dias depois de a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, assinar a liminar que garante a volta do pagamento da URP aos servidores da UnB. "A liminar era o nosso objetivo. Saímos com a missão cumprida e com a certeza de que nossa causa é justa", disse o servidor Maurício Sabino. 
Na próxima terça-feira, 28 de setembro, haverá nova assembleia para discutir os rumos do movimento. A ideia é esperar as definições sobre o pagamento da URP e sobre o Termo de Acordo com a administração para encerrar, de vez, a greve. "Tudo está encaminhado, mas optamos por manter o movimento em alerta até assegurar que os acordos foram cumpridos", disse Antônio Guedes, dirigente do Sintfub.
O parecer com força executória da Advocacia-Geral da União (AGU), exigência legal para dar andamento ao processo de inclusão da URP e dos atrasados - desde maio - referentes à parcela que corresponde a 26,05% dos salários dos servidores, deve sair ainda nesta terça-feira. Com o documento, o Ministério do Planejamento poderá incluir os valores na folha de pagamento.
VITÓRIA Como nas primeiras assembleias, no auge do movimento grevista da UnB, a Praça Chico Mendes voltou a ficar lotada na manhã desta terça-feira. Os técnicos-administrativos ergueram os braços para votar pela suspensão da paralisação mais longa da história do Brasil e celebrar a liminar do Supremo Tribunal Federal em favor da categoria.
"Foi uma luta sem precedentes, que servirá de exemplo para todos os trabalhadores que quiserem lutar por seus direitos", afirmou o servidor Fred Mourão. "Conseguimos passar todas as dificuldades e ter a responsabilidade de recuar no momento da vitória. O mérito é de todos que acreditaram em nossa causa", disse Antônio Guedes diante do público que aplaudiu cada fala dos servidores.
Ovacionado pelos colegas como um herói, o servidor Marcelo Parisi, que enfrentou sete dias de greve de fome pela união da categoria na reta final da paralisação, pediu o fortalecimento da luta. "Essa vitória não é nada diante das batalhas que encontraremos pela frente. E, para vencermos, precisamos estar cada vez mais unidos", declarou o técnico do Instituto de Física, que fez questão de agradecer todos que apoiaram seu sacrifício pela causa.   
Aguarde mais informações.

Caso a greve fosse contra a FUB ou houvesse melhor assessoria jurídica para os grevistas, no mínimo, esperariam o pagamento, senão estará caracterizada a luta por decisão judicial, a qual não pode ter a greve como mecanismo jurídico legal.

O pior é que a Secretaria de Comunicação (SECOM) da FUB sequer esperou novo dia, no mesmo momento que extraí a matéria reproduzida, pude avistar, em <http://www.unb.br/noticias/unbagencia/unbagencia.php?id=3920>, o seguinte:


Venho manifestando minha indignação contra a utilização da página da FUB (autarquia instituida para gestão dos recursos da UnB) para fomentar a revolta dos servidores. Academicamente, já me manifestei contra a falta de organização administrativa pátria, a qual resulta na inversão da valorização dos servidores. Porém, a página eletrônica institucional não deve ser lugar para a exposição de tal tipo de texto.

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