sábado, 9 de maio de 2020

Sérgio Moro e a rápida perda de memória

Em Março do ano de 2015, convidado por uma aluna, Assessora do então Deputado Federal Federal Jair Messias Bolsonaro, fui às ruas e falei em caminhão de som a favor do impedimento da então Presidente da República Dilma Vana Rousseff. Na ocasião, ouvi orações/rezas em favor do então Juiz  Federal Sérgio Fernando Moro, sendo que nunca as proclamei porque não poderia gostar da postura daquele.

Sérgio Fernando Moro foi ovacionado pela sua postura antigarantista na condução da Operação Lava Jato. Fiquei muito triste ao ver a condução coercitiva do ex-Presidente Lula, pessoa pela qual não tenho qualquer apreço, porque a conduta de Moro violou o sistema normativo de normas, a ponto de, hoje, expressamente o seu constituir, em tese, o crime de abuso de autoridade, da Lei n. 13.869, de 5.9.2019, in litteris:

Art. 10.  Decretar a condução coercitiva de testemunha ou investigado manifestamente descabida ou sem prévia intimação de comparecimento ao juízo:
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.

Determinar condução coercitiva sem prévia intimação do investigado já seria crime, mesmo na vigência da Lei n. 4.898, de 9.12.1965 (art. 4º, alínea "h"), visto que foi ultrajante e, quando Moro já parecia tendente a negociar Ministério com o pré-candidato Jair Bolsonaro, "sem prévia intimação de comparecimento ao juízo", o ex-Presidente foi acordado por forte esquema policial (teatral) para o conduzir para depoimento.

Sou contra Lula e ao PT, mas, principalmente, contra violação aos direitos fundamentais. Por isso, antes de tudo, desde a divulgação do "TCHAU QUERIDA!", evidente crime, em tese, de  Moro (o art. 10. da Lei n. 9.296, de 24.7.1996, estabelecia ser crime a divulgação de gravação telefônica para "fins não autorizados por lei"). À época, Moro Fez política por meio da quebra do sigilo telefônico. Mas, 

Mas, mitos e deuses são relativos. Absolutos apenas enquanto constantes do íntimo de cada um. Enquanto adolescente li um livro que me provocou muito, eis que uma pessoa teve um Deus que se suicidou, um livro decorrente de uma experiência real (HIRSCHMANN, Maria Anne. Quando os meus deuses ruírem. São Paulo: Casa Publicadora Brasileira, 1970). Falo de Hitler.

Moro saiu do governo e hoje, 9.5.2020, as pessoas saíram hoje, 9.5.2020, às ruas contra o Supremo Tribunal Federal, o Congresso Nacional (novamente crime grave contra a segurança nacional) e o tal Sérgio Fernando Moro. Apenas me pergunto:

- Quem paga isso, incluindo o esquecimento de um nome, Moro, para favorecer a re-eleição do atual Presidente da República?

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