Oportunamente, a Madre Teresa de Calcutá (1910-1997), beatificada
em 2003, nascida na atual República da Macedônia e morta na Índia, de
discutível caridade e humanidade,[1]
mas venerada pela Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, será declarada santa, em
face de milagre em que foi beneficiado um brasileiro, isso segundo a imprensa.[2]
No país do Zika Vírus, no país da Dengue, no país do Petrolão
etc.,[3]
muitos aspectos são preocupantes e estamos agora vendo a Igreja Católica
Apostólica Romana se valendo da nossa baixa cultura - para melhorar a sua posição
no mundo - eleva-se nestas plagas tupiniquins.
Gosto do homem visionário que é o Papa Francisco, um Sul Americano.
Sua escolha foi providencial porque “O número de leitores da Bíblia, sobretudo
na Europa ocidental, é muito menor hoje do que entre os contemporâneos de
Churchill na década de 1920”.[4]
Qual é o objetivo de declararmos novos semideuses, “santos”,
assim como os tinham os gregos em tempos primevos. Tornamos deus a imagem e a
semelhança dos homens, ele que antes de Heródoto era um monstro, e agora temos
semideuses idolatrados, novamente, por povos rudimentares.
Digo, com Aliomar Baleeiro, que, mesmo um ateu, se quiser ser
intelectual, deverá conhecer a Bíblia, mas isso não importará em admitir os
seus dogmas. Pior, será a crendice em semideuses, como é o caso de Maria e outras humanas que se tornam ninfas.
Lamentável, muito lamentável, sermos manipulados por discursos falaciosos!
[1] DICKER, Ron. Mother Teresa humanitarian image a “myth”, new study says. Disponível em: <http://www.huffingtonpost.com/2013/03/04/mother-teresa-myth_n_2805697.html>. Acesso em: 18.12.2015, às 14h21.
[2]
GLOBO. Redação do G1. São Paulo. Disponível em: <http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/12/vaticano-confirma-canonizacao-de-madre-teresa-de-calcuta.html>.
Acesso em: 18.12.2015, às 14h10.
[3]
BRASIL. STF. Plenário. ADPF 378. Dep. Miro Teixeira (em sustentação oral pela
Câmara dos Deputados). Em sessão plenária de 16.12.2015.
[4] CATHERWOOD, Christopher. A loucura de Churcill. 2.
ed. Rio de Janeiro: Record, 2006. p. 19.
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