sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

O porquê de Madre Teresa de Calcutá ser "santa".



Oportunamente, a Madre Teresa de Calcutá (1910-1997), beatificada em 2003, nascida na atual República da Macedônia e morta na Índia, de discutível caridade e humanidade,[1] mas venerada pela Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, será declarada santa, em face de milagre em que foi beneficiado um brasileiro, isso segundo a imprensa.[2]
No país do Zika Vírus, no país da Dengue, no país do Petrolão etc.,[3] muitos aspectos são preocupantes e estamos agora vendo a Igreja Católica Apostólica Romana se valendo da nossa baixa cultura - para melhorar a sua posição no mundo - eleva-se nestas plagas tupiniquins.
Gosto do homem visionário que é o Papa Francisco, um Sul Americano. Sua escolha foi providencial porque “O número de leitores da Bíblia, sobretudo na Europa ocidental, é muito menor hoje do que entre os contemporâneos de Churchill na década de 1920”.[4]
Qual é o objetivo de declararmos novos semideuses, “santos”, assim como os tinham os gregos em tempos primevos. Tornamos deus a imagem e a semelhança dos homens, ele que antes de Heródoto era um monstro, e agora temos semideuses idolatrados, novamente, por povos rudimentares.
Digo, com Aliomar Baleeiro, que, mesmo um ateu, se quiser ser intelectual, deverá conhecer a Bíblia, mas isso não importará em admitir os seus dogmas. Pior, será a crendice em semideuses, como é o caso de Maria e outras humanas que se tornam ninfas.
Lamentável, muito lamentável, sermos manipulados por discursos falaciosos!


[1] DICKER, Ron. Mother Teresa humanitarian image a “myth”, new study says. Disponível em: <http://www.huffingtonpost.com/2013/03/04/mother-teresa-myth_n_2805697.html>. Acesso em: 18.12.2015, às 14h21.

[2] GLOBO. Redação do G1. São Paulo. Disponível em: <http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/12/vaticano-confirma-canonizacao-de-madre-teresa-de-calcuta.html>. Acesso em: 18.12.2015, às 14h10.
[3] BRASIL. STF. Plenário. ADPF 378. Dep. Miro Teixeira (em sustentação oral pela Câmara dos Deputados). Em sessão plenária de 16.12.2015.
[4] CATHERWOOD, Christopher. A loucura de Churcill. 2. ed. Rio de Janeiro: Record, 2006. p. 19.

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