Hoje me peguei pensando sobre o sentido da vida e conclui, inicialmente, como uma amiga
que conheci porque ela estava tentando ajudar um empregado que está preso e um
amigo (colega de trabalho) pediu para que eu advogasse pro
bono publica em favor dele. Essa amiga afirma que a vida
não tem qualquer sentido. No entanto, refleti um pouco mais sobre o assunto e resolvi exteriorizar as minhas reflexões.
Por muito tempo fui incentivado pelo pensamento que está exposto no filme
“O Clube do Imperador”, um drama em que um Professor procura ensinar aos seus
alunos que devem seguir os exemplos de filósofos gregos, os quais estão em
nosso meio por intermédio dos seus pensamentos.[1]
Há muito tempo que abandonei o pensamento triste das bem aventuranças
bíblicas,[2]
que nos empurra para uma “felicidade da vida seguinte”. Ao contrário, devemos
ser felizes é hoje.[3] O
problema é que o prazer é químico e não desenvolvemos um psicotrópico que nos
deixe felizes por todo tempo.[4]
A briga de Freud e Jung, dentre diversos motivos, demonstra que a vaidade
do primeiro, que tinha excessivo apego à ideia de ser lembrado no futuro foi
uma das objeções para que ele deixasse Jung desvendar um pouco os seus
problemas, a partir da interpretação dos sonhos.[5]
Então, fico pensando, até que ponto a nossa vida pode fazer sentido ao
construirmos teorias, desenvolvermos teses para outras pessoas no futuro
aproveitarem, especialmente, se formos infelizes. Aliás, sobre isso, não
podemos esquecer do pessimismo freudiano, para quem a felicidade é uma meta
inalcançável.[6]
Para mim, enquanto pessoa, entendo que devemos pensar no bem. Pensar em
contribuir para dias melhores na humanidade. Talvez tenhamos que fingir um
pouco para que as pessoas acreditem em nós. E, por amor àqueles que nos amam,
temos que nos anular um pouco para não causar o sofrimento de outrem.
Em seu excurso sobre o tempo, Santo Agostinho disse poder sentir, mas não poder explicar, até porque o tempo que temos é o que já passou. Parece que o amor que temos é o que sentimos no momento seguinte ao que passou.[7] Assim, é que penso sobre a vida. Talvez esse não seja o melhor sentido para a vida, mas prefiro acreditar na evolução do ser vivo, na sobrevivência, a partir da gentileza[8] e do amor.
Em seu excurso sobre o tempo, Santo Agostinho disse poder sentir, mas não poder explicar, até porque o tempo que temos é o que já passou. Parece que o amor que temos é o que sentimos no momento seguinte ao que passou.[7] Assim, é que penso sobre a vida. Talvez esse não seja o melhor sentido para a vida, mas prefiro acreditar na evolução do ser vivo, na sobrevivência, a partir da gentileza[8] e do amor.
[1]
A página eletrônica oficial do filme está disponível em: <https://www.theemperorsclub.com/>.
Acesso em: 14.5.2019, às 9h18.
[2]
Blíblia, Novo Testamento, Mateus, Cap. 5, versículos 3-16.
[3]
COMTE-SPONVILLE, André. A felicidade,
desesperadamente. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
[4]
HARARI, Yuval Noah. Homo deus: uma
breve história do amanhã. São Paulo: Companhia das Letras, 2016. p. 20-50.
[5]
GAY, Peter: Freud: uma vida para o
nosso tempo. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
[6]
FREUD, Sigmund. O mau-estar na cultura. Porto Alegre: L&PM, 2010.
[7] AGOSTINHO, Santo. Confissões. In Os pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1996. p. 334.
[7] AGOSTINHO, Santo. Confissões. In Os pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1996. p. 334.
[8]
AZEVEDO, Solange. “Charles Darwin estava errado”: economista americano critica
a teoria da evolução e diz que os seres humanaos progrediram graças aos grupos
mais altruístas. Revista Istoé. 18.3.2011. Disponível em: <https://istoe.com.br/129045_CHARLES+DARWIN+ESTAVA+ERRADO+/>.
Acesso em: 14.5.2019, às 10h07.
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