Sem fazer novo julgamento, até porque não acredito que todos os envolvidos pela Polícia Federal realmente integravam um esquema criminoso, mas é bom que tenhamos em vista o que continuava acontecendo ao lado do julgamento da Ação Penal n. 470, em que o ex-Ministro José Dirceu era condenado pelo Supremo Tribunal Federal.
Veja-se o texto extraído de <http://www.alertatotal.net/2012/11/policia-federal-tem-122-gravacoes-que.html>:
"Polícia
Federal tem 122 gravações que revelam como Rose discutia negócios com 'Tio'
Lula e Dirceu
Exclusivo – A Polícia Federal está atrás de um motoboy chamado Roberto. O
motociclista profissional, que está desaparecido, tem em seu poder 10
comprometedores envelopes com documentos de alto interesse para a Operação
Porto Seguro. O rapaz simplesmente não cumpriu a missão de entregar o material
enviado ao consultor José Dirceu de Oliveira e Silva pela agora exonerada chefe
de Gabinete da Presidência da República, Rosemary Novoa de Noronha.
Amiga pessoal
do ex-Presidente Lula da Silva, ela foi indiciada por coordenar um mega esquema
de corrupção ativa e tráfico de influência para beneficiar empresas que faziam
negócios com o Governo Federal. A avaliação geral é que Rose não tinha
competência para comandar, sozinha, um esquema tão complexo. Logo, Rose tinha
um chefão por trás dela. Quem era? A PF e o MPF só não descobrem se não
quiserem.
Outra bomba
mantida em sigilo da Operação Porto Seguro deixa Lula e Rose na maior saia
justa. A Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, já está de posse de
122 gravações de conversas telefônicas entre Luiz Inácio Lula da Silva e
Rosemary Novoa de Noronha. Ele a chamava de “Rose” ou “Rosa”. Ela o tratava
pelo amoroso apelido de “Tio”. Nas conversas, Rose passava ao amigo informações
sobre quem deveria receber em audiência e para quem deveria mandar documentos.
Todo esse
material sigiloso – que pode ser varrido do mapa pelas conveniências do poder –
foi recuperado por uma empresa de alta tecnologia paulista que pode tornar
públicas as informações, caso sofra ameaças ou retaliações. Os arquivos foram
recuperados de um computador cujo Hard Disk (HD) fora formatado, na vã tentativa
de esconder e eliminar informações comprometedoras. O azar dos bandidos é que a
empresa, com tecnologia israelense, consegue salvar 100% dos dados de um disco
rígido que tenha sido formatado até oito vezes seguidas.
Agora, o medo
maior do Palácio do Planalto é que vazem documentos ainda mais comprometedores
sobre Rose e suas ligações pessoais e de negócios com Lula – e também com José
Dirceu. A Presidenta Dilma Rousseff fará neste domingo sua terceira reunião
seguida do desesperado Gabinete de Crise. Neste sábado, em mais uma tensa
sessão de espinafração, Dilma resolveu exonerar Rosemary Novoa de Noronha. Como
ela não pediu exoneração, conforme fora aconselhada a fazer, acabou saída por
Dilma. A Presidenta escalou seu Secretario-Geral Gilberto Carvalho para
transmitir a terrível notícia a Lula, assim que ele desembarcou da viagem à
Índia.
Dilma também
canetou José Weber Holanda Alves (Advgado-Geral-Adjunto da União. Só não se
sabe se o superior dele Luis Inacio (com S) Adams tenha repetido a costumeira
artimanha do Luiz Inácio (com Z), alegando que nada sabia sobre o que seu
imediato fazia de errado. Dilma pode também afastá-lo, assim que puder. Adams,
que sonhava com o STF, agora vive um pesadelo acordado e tem tudo para ficar
desempregado.
Mais uma bomba!
A Agência Brasileira de Inteligência foi alertada em outubro de que haveria uma
investigação sobre Rosemary. No informe de classificação A1A, a Abin informou
ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência de que Rosemary enviava
documentos para apartamentos em Interlagos e nos Jardins. O material seria
destinado, pessoalmente, a José Dirceu e Luiz Inácio Lula da Silva.
Lula teria
falado sobre o delicadíssimo assunto da investigação sobre Rose com a
Presidenta Dilma durante o último jantar antre ambos. Dilma cobrou da PF se
havia tal investagação. Foi-lhe alegado que nada havia na PF, mas que poderia
ter algo sendo engendrado no Ministério Público. Quinze dias atrás, Dilma soube
que o caso era gravíssimo e poderia estourar a qualquer momento.
E explodiu
feio! Na verdade, tudo parece um grande contra-golpe. O que teria desencadeado
o ápice da Operação Porto Seguro foi o movimento radical do PT contra a
Justiça, o Ministério Público e, especificamente, contra o Procurador-Geral
Roberto Gurgel – ameaçado de indiciamento da CPI do Cachoeira. O “troco” ao
radicalismo burro da petralhada veio em alta velocidade.
Agora, a PF e
o MPF têm um complicado quebra-cabeças para montar – que mais parece o roteiro
de uma novela mexicana. Também não será fácil provar que a Dilma não tinha
“domínio dos fatos”. Parece que se repete a novela do Mensalão – com milhões de
reais de agravantes, já que não dá para crer que uma super-secretária e amiga
de Lula tinha poder para coordenar todo o crime que agora lhe atribuem.
Foi o
“Black Friday de Lula”
Em tese, um
mito nunca morre. Mas os poderes míticos se enfraquecem. Seja por influência do
Poder da Justiça ou do Poder Divino. O risco de condenação judicial provoca
danos à imagem, ainda mais se acabar em condenação, com pagamento de multas,
prisão e, pior ainda, perda de direitos políticos. Já a condenação divina pode
custar mais cara ainda. Perder a voz ou a vida, por acaso, tem preço?
Eis os dois
perigos atualmente sofridos pelo mito Luiz Inácio Lula da Silva. Não resta
dúvidas de que a temporada de caça a Lula está abertíssima. A estrela máxima do
PT corre o risco de sair ofuscada ou até apagada por várias investigações
judiciais já públicas ou que ainda correm em segredo judicial: Mensalão parte
2, BMG-PT-Lula, Delta-Cachoeira, Petrobrás e Eletrobrás. Mas sexta-feira
estourou a gota d´água contra Lula e seus parceiros: a Operação Porto Seguro –
que até podia ter sido criativamente batizada de “Aguenta, Coração”...
O caso mais
grave é o conjunto de provas materias sobre a existência um Gabinete Paralelo
da Presidência da República, operando no 3º andar do prédio da Previ, na
esquina da Rua Augusta com Avenida Paulista, em São Paulo. O “escritório”
servia para práticas de crimes de tráfico de influência e corrupção ativa. Em
troca de muita grana, favores, “presentinhos” ou viagens, a quadrilha promovia
fraudes de documentos públicos ou soluções pouco convencionais de problemas
para empresas interessadas em fazer negócios ou licitações com o Governo
Federal.
O batom na cueca
vermelha de Lula é que todo o esquema era comandado por uma amiga muito íntima
dele: Rosemary Novoa de Noronha, chefe de gabinete da Presidência da República
em São Paulo –que acabou exonerada neste sábado pela irada Presidenta Dilma
Rousseff. As investigações da PF indicam que a “Doutora Rose”, como era mais
conhecida, recebia salário de de R$ 11.179,36 para servir ao ex-Presidente. Até
sexta-feira, Rose era um “Porto Seguro” para o “Tio” Lula. Agora, se transforma
em uma “Atração Fatal”.
Nos bastidores
petistas, todo mundo sabe que Rose talvez só seja menos importante para Lula
que a ex-primeira dama Mariza Letícia. Literalmente, Lula tomou um tiro no
coração com a operação Porto Seguro da PF e do MPF. A desagradável surpresa
aconteceu no momento em que Lula recebia, no palácio presidencial Rashtrapati
Bhavan, em Nova Déli, na Índia, o prêmio Indira Gandhi pela Paz, Desarmamento e
Desenvolvimento 2010. Em São Paulo, sem dúvida, foi armada uma arapuca para
declarar guerra total a Lula, acabando com a paz dele – inclusive e
principalmente dentro de seu apartamento, em São Bernardo do Campo.
Como o caso
corre no famoso e providencial “segredo judicial”, são gigantescas as chances
de não serem tornadas públicas as ligações telefônicas entre os super amigos
Rose e Lula. As Velhinhas de Taubaté do PT já espalham na mídia amestrada a
fantasiosa versão de que “não resta dúvida de que Lula não sabia das atividades
ilegais atribuídas ao grupo, que integrava um esquema que produzia pareceres
favoráveis aos interesses de grandes empresas junto ao governo federal”.
CPI da
Rose?
A previsão do
tempo para segunda-feira é: O Brasil explode politicamente. Dilma tentará se
blindar, com discurseira de combate à corrupção, justificada com as exonerações
em alta velocidade. Tudo pode piorar se o dólar subir, sem controle do Banco
Central, alimentando o risco de problemas econômicos.
Segunda-feira
também recomeça o julgamento para definição de penas dos condenados no
Mensalão. No Congresso, a oposição falará grosso contra Lula e o PT, pedindo
uma CPI sobre a escandalosa Operação Porto Seguro que também mexe com o
ex-senador Gilberto Miranda – que é ligadíssimo ao poderoso presidente do
Senado, José Sarney.
Investigações
da PF indicam que “Doutora Rose” era responsável pela nomeação e pelas ações
fora da lei promovidas pelos “Irmãos Vieira”: Paulo Rodrigues Vieira, diretor
da Agência Nacional de Águas (ANA), Rubens Carlos Vieira, diretor de
Infraestrutura Aeroportuária da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e
Marcelo Rodrigues Vieira, também da Anac. Detalhe importante: os irmãos Vieira
eram apadrinhados de Lula, Rose e Dirceu.
O escândalo
transforma em “roubo de galinha” o Mensalão agora julgado no STF. Envolve
servidores da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), da Anac, da
Superintendência do Patrimônio da União (SPU), do Tribunal de Contas da União
(TCU), da Advocacia Geral da União (AGU) e do Ministério da Educação (MEC). A
organização criminosa atuava também agilizando processos em órgãos públicos e falsificando
documentos em troca de dinheiro e vantagens. Os pareceres fraudados eram usados
por empresas interessadas em processos de licitação junto ao governo.
“Doutora Rose”
era poderosa e muito influente. Na década de 90, foi assessora de José Dirceu de
Oliveira e Silva. Naquela época, conheceu Luiz Inácio. Rose começou a trabalhar
no governo Lula em 2003 como assessora especial do gabinete da Presidência em
São Paulo. Em 2005, virou a “Doutora Rose, ao ser nomeada chefe de gabinete do
escritório regional da Presidência, na Avenida Paulista.
Rose já esteve
envolvida em problemas na do governo Lula. Em 2006, quando explodiu o escândalo
dos gastos com cartões de crédito corporativos, o nome dela estava na lista de
65 servidores que fizeram saques para pagamento de despesas da Presidência. O
deputado Indio da Costa (DEM-RJ), então candidato a vice-presidente na chapa de
José Serra (PSDB), e o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) pediram a convocação de
Rose para depor na CPI criada para investigar o uso dos cartões corporativos. O
caso, como tantos outros, deu em nada.
Rosemary é tão
ligada Lula que costumava participar da maioria de suas viagens internacionais,
nos oito anos de governo. Chegou a fazer 17 viagens presidenciais, entre 2005 e
2010. Somando todas, teria embolsado R$ 45 mil em diárias. Rose costuma
integrar o Escav (escalão avançado), equipe que preparava a chegada de Lula aos
países. Rose estaria separada de José Cláudio de Noronha. O ex-marido marido
ocupa um cargo de assessoria especial na administração regional da Infraero em
São Paulo. Deve ser também “justiçado” pela ira de Dilma.
A cúpula
petista sabia que Rose era amiga íntima de Lula. Logo, se ele “não sabia de
nada” que ela fazia, o maior mito apedeuta do universo poderia se considerar um
sujeito traído?
Se for, e
voltar ao Brasil jurando pela felicidade da nação corinthiana que de nada
sabia, Lula merecerá ser tratado como uma espécie de “Grande Corno Político”.
Talvez a ele
se aplique uma versão atualizada e parodiada de um velho provérbio:
“Diga-me com quem amas que vos direi
quem és”
O risco real:
esse perigoso caso pode acabar em ruptura institucional ou na pizza podre de
sempre...
Vida
que segue... Ave ataque Vale! Fiquem com Deus."
Não podemos partir do pressuposto de que o simples indiciamento em inquérito policial é suficiente para evidenciar a "culpa" (penso aqui na censurabilidade - ou culpabilidade - da conduita) de qualquer das pessoas citadas, mas esse é mais um inquérito policial que se converte em novo escândalo de um partido que preconizava a moralidade e a mudança de rumo na política brasileira.
Espero que não pretendam modificar a cultura e a política brasileira unicamente se valendo de processos criminais. É necessário uma perspectiva mais ampla, que passe por um processo de desenvolvimento e adaptação do povo brasileiro a um processo eleitoral mais sério e soluções menos falaciosas do que as penas que estão sendo impostas aos integrantes do esquema delituoso denominado "mensalão".
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